Galeria dos Mártires - Edméia da Silva Eusébio
EDMÉIA DA SILVA EUSÉBIO
Mães da Chacina de Acari
RIO DE JANEIRO * 15/01/1993
Edméia da Silva Eusébio, e Sheila da Conceição
foram emboscadas e mortas a tiros, no estacionamento do metrô da Praça Onze, em
15 de janeiro de 1993.
O crime, segundo a denúncia, teria sido ordenado pelo
coronel reformado da PM e ex-deputado estadual Emir Campos Larangeira. Além dele, também são réus os Policiais
Militares Eduardo José Rocha Creazola, o "Rambo", Arlindo Maginário
Filho, Adilson Saraiva Hora, o "Tula" e Irapuã Ferreira; o ex-PM
Pedro Flávio Costa e o servidor municipal Luiz Cláudio de Souza, o
"Mamãe" ou "Badi".
Sete acusados de participar do assassinato da
diarista Edméia da Silva Euzébio, que liderava o grupo conhecido como “Mães de
Acari”, que nunca encontrou os corpos de 11 jovens sequestrados em 1990, serão
submetidos a julgamento Tribunal do Júri. A decisão foi tomada pelo juiz Fábio
Uchôa, titular da 1ª Vara Criminal do Rio, no dia 22/10/2014.
A denúncia aponta ainda a participação de uma
oitava pessoa, o agente penitenciário Washington Luiz Ferreira dos Santos, cujo
processo foi desmembrado do principal e está na fase de produção de
provas.
Edméia teria sido morta por ter conseguido novas
informações que localizariam os adolescentes de Acari, entre eles o seu filho,
sequestrados em sítio de Magé, na Baixada Fluminense. Segundo a denúncia do
Ministério Público, os acusados integravam o grupo conhecido como “Cavalos
Corredores”, que agia sob as ordens do coronel Emir Larangeira, principalmente
na década de 90, quando o oficial comandou o 9º BPM (Rocha Miranda).
O caso, que chegou a ser arquivado, sofreu uma
reviravolta em 2011, após o depoimento de uma nova testemunha. Ela contou que a
reunião para matar Edméia teria ocorrido no gabinete do então deputado estadual
Emir Larangeira, na Assembleia Legislativa (Alerj).
A data de julgamento dos acusados somente será
definida após o julgamento de possíveis recursos, sendo que todos poderão
recorrer da decisão em liberdade.
Entenda o caso
A Chacina de Acari, como ficou conhecida, ocorreu
no dia 26 de julho de 1990, quando 11 jovens, entre eles sete menores,
moradores da favela do Acari no Rio de Janeiro, foram retirados de um sítio em
Suruí, bairro do município de Magé, onde passavam o dia, por um grupo que se
identificava como sendo policiais.
Os sequestradores queriam joias e dinheiro, e após
supostamente negociarem a sua libertação por meio de um pagamento, os
sequestradores levaram as vítimas para um local abandonado. Nem eles nem seus
corpos até hoje foram encontrados.
As mães dos desaparecidos começaram uma busca por
seus filhos e por justiça, e ficaram conhecidas como as “Mães de Acari”, local
onde a maioria dos sequestrados morava.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada,
a partir do http://g1.globo.com e outros sites.
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