Galeria dos Mártires - Sergio Méndes Arceo
SERGIO MÉNDES ARCEO
Patriarca da Solidariedade
MÉXICO * 06/02/1992
Sergio Méndes Arceo, foi bispo de Cuernavaca,
estado de Morelos, no México, durante 30 anos, de 1952 a 1982. Peça central na
gênese da teologia, eclesiologia e política de libertação. Seus métodos
reformistas foram copiados após o Concílio Vaticano II.
Nasceu em Tlalpan, Morelos 1907, faleceu em 1992 no
México, aos 84 anos, de repente, como ele queria.
Ordenado sacerdote em 1934, ele estudou na
Universidade Gregoriana de Roma. Trabalhou intensamente em favor dos
mexicanos marginalizados. Profeta da América Latina. Pai dos pobres do continente.
Precursor de todas as mudanças na Igreja do século XX. Presidente e, em
seguida, membro do Tribunal do Povo. Buscador incansável da paz e da justiça
nas estradas do mundo.
Sergio Méndes Arceo tornou-se o arquiteto da
renovação da Igreja mexicana. Em 1972, ele participou do Congresso dos cristãos
pelo socialismo. No Centro de Informação e Documentação Católica promoveu a
divulgação de textos sobre ideologias socialistas, mudança social, fenômeno
religioso e sua influência no desenvolvimento social da América Latina. Os
efeitos dessas atividades fizeram com que o Vaticano proibisse os cursos CIDOC aos
religiosos.
Foi o grande incentivador da teologia da libertação
e do chamado progressismo católico. Polemico por seus ideais sociais de apoio
aos grupos marginalizados e sua simpatia pelas correntes de renovação dentro da
Igreja Católica, denunciou a intervenção americana no Vietnã, América Central e
Cuba. Ele condenou os regimes militares na América Latina e promoveu o projeto “Vá
POR Cuba”, que visava combater o embargo norte-americano sobre a ilha.
Em 1972, ele participou do Primeiro Encontro de
Cristãos pelo Socialismo, em Santiago do Chile: “Minha presença aqui é a minha
decisão, plenamente consciente... Creio que não nos temos atrevido a denominar cristão,
de forma explícita e diretamente, ao capitalismo... porém, temos sido
cúmplices, tanto na definição do sistema como em sua defesa”. Visita aos bispos
cubanos como um serviço pastoral e eles realmente o considerar um irmão, crítico,
porém sincero. Fidel Castro, lhe manda habitualmente sua caixa de charutos.
No dia 12 de fevereiro de 1978 ele leu na missa em Cuernavaca uma declaração escrita em Cuba, por Ernesto Cardenal, sacerdote nicaraguense, Carlos Corím, cristão do Partido Comunista espanhol e Dom Sérgio: “A
Igreja não pode ignorar o acontecimento crucial no qual está imerso e comove
todo o povo cubano: a construção revolucionária. Seu destino é inseparável do
destino das pessoas que vivem sob a constante ameaça do imperialismo”, afirma.
Dom Sergio na Nicarágua, diz: “Eu não venho para uma passeio... Venho como um
revolucionário, como um amigo, que eu não sou um juiz, sou companheiro”.
Como Presidente do Tribunal do Povo, escreveu aos
bispos dos Estados Unidos da América, após a invasão de Granada: “Seu governo
se utiliza o método de invasões, que não somente é violação de vários direitos,
mas principalmente tiram impiedosamente realizações, alegrias e sonhos de
muitas pessoas”.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.
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