Galeria dos Mártires - DESTRUIÇÃO DA COMUNIDADE DE SOLENTINAME
DESTRUIÇÃO DA COMUNIDADE DE SOLENTINAME
Igreja de Solentiname, símbolo da revolução
sandinista
NICARÁGUA * 05/02/1977
Com a aprovação da Santa Sé. Ernesto Cardenal,
sacerdote poeta nicaraguense, iniciou, com dois companheiros, a comunidade
contemplativa de solentiname, paradisíaco arquipélago do lago de Nicarágua.
“Contemplação
quer dizer união com Deus. Logo nos demos conta de que essa união com Deus nos
levava, em primeiro lugar, à união com os camponeses, muito pobres e
abandonados, que viviam dispersos nas ribeiras do arquipélago. A contemplação
levou-nos, também, a um compromisso político: a contemplação levou-nos à
revolução; e assim tinha que ser, senão teria sido falsa”, diz Ernesto
Cardenal.
E esse compromisso foi o preço da destruição total
da comunidade, em 1977, pela Guarda Nacional do ditador Somoza.
De suas casas, oficinas de artesanato, escolas,
bibliotecas, capela e cooperativa, restaram apenas cinzas.
Seus homens e mulheres foram perseguidos,
encarcerados, torturados, assassinados e exilados.
E fugiram do eco de sua música e do sorriso de seus
filhos. “Só a beleza selvagem permaneceu
ali”, diz Cardenal.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada,
a partir do livro: Sangue Pelo Povo.
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