Galeria dos Mártires - Pe. André Joachim Jarlan Pource


Pe. ANDRÉ JOACHIM JARLAN POURCE
Mártir do Povo Chileno
SANTIAGO DO CHILE * 04/09/1984

André Joachim Jarlan Pourcel , 43 anos, padre de nacionalidade francesa, missionário a serviço do povo chileno na Paróquia do vilarejo de La Victoria. 

Nascido em Rodez, França, em 16 de maio de 1941, foi ordenado sacerdote em 1968 e foi assessor da JOC, na França. Foi para o Chile e trabalhou como vigário na Paróquia La Victoria, na Zona Sul de Santiago, onde pode viver apenas 18 meses. Sua morte ocorreu em circunstâncias muito particulares, mas o seu martírio foi noticiado em todos os cantos do mundo e agora ele é reconhecido como um dos mártires do compromisso da Igreja pelos Direitos Humanos.

Na tarde do dia 04 de setembro, um grupo de jornalistas encontrava-se no cruzamento da Rua 30 de outubro com a Rua Ranquil, no vilarejo de La Victoria (Santiago), cobrindo os acontecimentos de um protesto. Neste setor havia barricadas e fogueiras. Um grupo de policiais fez um cerco pela Rua 30 de outubro. Com o alerta dos moradores, os jornalistas fugiram. 

Um policial disparou tiros para o ar acima da cabeça de um dos repórteres, do qual tinha se escondido atrás de um poste de iluminação elétrica. O jornalista gritou que era da imprensa. Os policiais avançaram pela Rua Ranquil e o jornalista falou com um oficial. Os policiais retiraram-se, continuando a patrulhas pela Rua 30 de Outubro. As balas disparadas pelo policial perfurou a parede de madeira do segundo andar da casa paroquial na Rua Ranquil. Uma das balas atingiu o padre André Jarlan no pescoço e o matou. Ele foi assassinado enquanto lia a Bíblia. 

Depois de uma hora o Pe. Dubois que morava com o Pe. André chega e o procura. Vai até o quarto e o encontra  com a cabeça e as mãos apoiada sobre a mesa. E ao lado dele estava a Bíblia aberta no Salmo 129, que diz: "Das profundezas clamo a ti, Senhor / ouve a minha voz / O Senhor vai libertar Israel / de todo o mal". Pe. Dubois percebeu que ele estava morto, com um tiro no pescoço, próximo a orelha direita.

testemunho de muitas pessoas que se encontravam no lugar, disseram sobre a ação violenta e desproporcional da policia, pois em absoluto não se justifica o uso de armas de fogo contra os manifestantes desarmados. Diante disto se leva a crer que Pe. André Jarlan sofreu uma violação de seus direitos por agentes do governo que utilizaram o uso excessivo da força.

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada. 


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