Galeria dos Mártires - Inés Adriana Cobo
INÉS ADRIANA COBO
Mártir da Causa dos Pobres
ARGENTINA * 01/09/1976
Inés Adriana Cobo, que também tinha os apelidos de “Conejo”,
“Inés”, “María”, “Juanita”, “Mafalda”; o último a ser utilizado por sua
família. Militante Metodista. Nascida em 31 de dezembro de 1953 em Buenos
Aires. Magra, estatura média, cabelos castanhos, olhos castanhos, muito bonita.
Um pouco tímida, simplesmente vestida e não estava usando maquiagem. Se afligia
quando via as crianças sofrerem com a pobreza, a fome e a marginalização.
Era integrante da Igreja Metodista. Companheira
militante peronista da unidade básica “Pátria
Grande” da Capital. Sequestrada-desaparecida pela última ditadura
cívico-militar entreguista, em 1 de Setembro de 1976, às 13 horas em plena via
pública, ao sair do trabalho no Bairro Norte, onde trabalhou como jornalista,
tinha na ocasião 22 anos.
Um dossiê das “Avós
da Praça de Maio”, diz ela estava grávida de um mês. Ela foi levada para a
Escola de Mecânica da Marinha (ESMA). Lisandro Raul Cubas, que sobreviveu ao
inferno, disse que, em uma conversa que teve com outro sobrevivente do lugar - Miguel
Angel Lauletta, - ele relatou que estando Inés Adriana Cobo varrendo o chão da
área chamada de “capucha” passou pelo lugar o Almirante Chamorro e disse que “esse lixo também deve varrer”.
Uma semana depois que evento foi “transferida” para
o centro de detenção clandestino “Club Atletico” e assassinada.
Atualmente, na Escola Normal Superior No. 9
(Domingo Faustino Sarmiento) uma placa homenageia a Inés Cobo que foi
professora nesta escola.
Um lembrete sobre ela e seu namorado em um diário
de Buenos Aires em 2010, diz assim: “Se amaram assim como amaram a justiça e o
país onde nasceram. Aqui não mais estão, mas representaram sempre, junto aos 30
mil detidos-desaparecidos, o melhor de uma geração. Julgamento e punição aos
genocidas que assumiram suas vidas”.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada,
a partir do site: www.robertobaschetti.com
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