Galeria dos Mártires - Pe. Alessandro Dordi Negroni
Pe. ALESSANDRO DORDI NEGRONI
Mártir da Promoção Humana
PERU * 25/08/1991
Alessandro Dordi Negroni, conhecido como Padre Sandro Dordi, era o segundo de treze filhos. Nasceu em San Marino Gromo-Bergamo (Itália), 23 de janeiro de 1931. Estudou no Seminário Diocesano de Cluson, onde foi ordenado sacerdote quando tinha apenas 23 anos de idade. Em 1980, aceitou o convite do arcebispo Luis Bambarén, então Bispo de Chimbote, para assumir a paróquia Senhor Crucificado de Serra, Peru.
Padre Sandro Dordi sempre sonhou em ir para a África como missionário, mas as circunstâncias o levaram a visitar a América Latina, onde ele acabou ficando apaixonado pelo Peru, e sempre soube que, após o atentado contra os padres franciscanos em Pariacoto, ele poderia ser o próximo.
"Foi um homem bom, sincero e corajoso, um verdadeiro missionário. Ele foi quem nos chamou para servir aqui, uma terra em que ele manteve-se completamente apaixonado, se sentindo sempre mais um peruano" conta Virginia Piu, irmã da Congregação das Irmãs de Jesus Bom Pastor, com uma voz soluçante e olhando melancolicamente uma foto antiga do Padre Sandro.
O Arcebispo Luis Bambarén sabendo das ameaças que o Pe. Sandro estava sofrendo, pediu para ele viajar para Lima, até mesmo para a Itália por sua segurança, porém ele nunca demonstrou medo. Um dia ele disse: "Eu não posso deixar o meu povo ...". contou irmã Piu, interrompendo a oração com um silêncio que lhe permitiu romper em lágrimas, somente se atreveu a olhar para a foto do Pe. Sandro.
Durante os 11 anos em que viveu em Santa, sempre quis viver como um a mais entre o povo. Foi um homem que defendeu a igualdade de gênero e que, em uma época tão machista sempre enfatizou a importância do papel da mulher na sociedade e, especialmente, dentro do casamento. Marco Sing então governador do distrito de Santa conheceu Pe. Sandro Dordi quando ele foi procura-ló para criar o Centro de Promoção da Mulher. "Ele me perguntou o que era mais importante para mim, e eu respondi, minha família". A partir deste dia fui trabalhar com ele na catequese familiar. Marco Sing, conta que Pe. Dordi mudou desde que se viu ameaçado. "Sim, eles tinham um motivo para ameaçar o padre Dordi, o motivo foi ele ter impulsionado a unidade familiar que era o seu melhor combate aos ideais terroristas". Marco inicialmente iria acompanhar Padre Dordi na missa em Vinzos, mas teve que participar de um evento da catequese familiar na encosta norte. Hoje, sem alcançar a compreensão olha pela janela, ele lembra que teve que ajudar a remover o corpo do padre.
Antes das seis da tarde daquele 25 de Agosto de 1991, a caminhonete 4x4 cabine dupla cor amarela, que em muitos povoados o tinha acompanhado para as celebrações e encontros, teve que parar sua rota de Vinzos à Santa, porque um grupo de homens mascarados cercaram o veículo, os dois jovens companheiros de viagem na parte de trás do carro tiveram que abaixar a cabeça com as ameaça que diziam: "saiam, saiam, não é com você". Enquanto o motorista foi levado de volta para o caminhão, de onde se ouviram o som de três tiros disparados contra o padre.
Padre Sandro Dordi foi assassinado por ser um defensor da promoção humana no Peru.
PAPA FRANCISCO APROVOU A BEATIFICAÇÃO
Papa Francisco aprova beatificação de três padres mortos no Peru, Alessandro Dordi, Zbigniew Strzalkowski e Michel Tomaszek.
Papa Francisco aprovou no dia 03 de fevereiro de 2015 o decreto de beatificação do padre italiano Alessandro Dordi e polaco Zbigniew Strzalkowski e Michel Tomaszek, morto em 1991, no Peru pela bando maoísta Sendero Luminoso.
A Santa Sé disse em uma nota que Bergoglio autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgação de decretos de beatificação depois recebeu hoje em audiência o prefeito dele, Angelo Amato.
Em agosto de 1991, um grupo de "senderistas" matou a tiro os dois sacerdotes poloneses mortos Zbigniew Strzalkowski e Michel Tomaszek, na cidade de Pariacoto.
Duas semanas mais tarde, esta organização criminosa matou Alessandro Dordi, a tiro quando ele estava voltando para casa depois de celebrar a missa na cidade de Santa.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.
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