Galeria dos Mártires - Pe. Rodolfo Escamilla García
Pe. RODOLFO ESCAMILLA GARCÍA
Mártir da solidariedade
MÉXICO* 27/04/1977
Rodolfo Escamilla García nasceu e foi batizado em
Maravatio, Mich, no dia 24 de agosto de 1920.
Foi assassinado a bala enquanto se encontrava nos
escritórios do Centro Social de Promoção Popular, na cidade do México, no dia
27 de abril de 1977.
Como sacerdote, formou um primeiro núcleo de
militantes da Juventude Operária Católica (JOC), entre os jovens mineiros da
localidade onde atuou pastoralmente. Iniciou a ação social nas comunidades
rurais e indígenas dos arredores. Formou a Juventude Agrária Cristã (JAC).
Incansável peregrino da geografia de seu país, que
ele percorria em busca dos irmãos oprimidos, silenciados, miseráveis, para
fazer com que tomassem consciência de seus direitos.
Pe. Rodolfo fundou escolas de formação operária, cooperativas de consumo, produção e moradia. Promoveu e assessorou sindicatos.
Ele despertou a consciência tanto de seus
companheiros sacerdotes, como entre os pobres, aos quais servia. Se tornou o
apostolo dos operários.
Devido seu compromisso evangélico com os pobres da
terra, despertou admiração entre todos aqueles e aquelas que lutavam pelos
direitos fundamentais, pela vida, pela justo salário, pelos direitos humanos, por outro lado, surgiram a irá por parte daqueles que
exploravam o povo, e iniciaram uma campanha contra o “clero político” e ameaças
ao Pe. Rodolfo.
Diante das ameaças ele disse: “Sei que me querem assassinar por lutar em favor dos operários. Não
posso traí-los. Estou disposto a morrer onde e na hora em que Deus o queira”.
Viveu seu ministério sacerdotal não só em grande
pobreza pessoal, senão em verdadeira austeridade e integridade. Fez de seu
compromisso social um serviço ao povo, sobretudo os operários.
Durante o enterro do Pe. Rodolfo, um padre companheiro
expressou: “Ele foi assassinado pela sua
doação ao povo, ressuscita sempre que o povo dá mais um passo rumo à sua
libertação; ressuscita no sacerdote que se compromete, no operário que eleva
sua consciência de classe, nos camponeses que se unem para tornar mais fértil a
terra pela qual lutaram”.
Texto
elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada, a partir dos livros:
Sangue
Pelo Povo e Martírio, memória perigosa na América Latina hoje.
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