Galeria dos Mártires - Eduardo Mendonza
JOSÉ EDUARDO UMAÑA MENDONZA
Mártir dos Direitos Populares
COLÔMBIA * 18/04/1998
José Eduardo Umaña Mendonza nasceu em 22 de novembro de
1946, filho do advogado e sociólogo Eduardo Umaña Luna e Graciela Mendoza.
Eduardo Mendoza, advogado, intelectual, professor, humanista
e defensor dos Direitos dos Povos da Colômbia. Foi assassinado no dia 18 de
abril de 1998.
Neste dia dois homens e uma mulher membros da banda de la Terraza, se fazendo passar por jornalistas entrou em seu escritório depois de trancar
sua secretária em um quarto. Os assassinos queriam leva-lo, como Eduardo
resistiu, e eles o mataram.
Em junho de 1987, Eduardo Umaña Mendoza realizou intensa
atividade de sensibilização e denuncia na Europa sobre a situação de violação
sistemática dos direitos humanos na Colômbia. Suas análises foram ouvidas em
vários recintos; foram muitos seus públicos, e diversos os frutos desse
trabalho.
Uma de suas conquistas mais importantes foi o de defender
as vítimas do genocídio da União Patriótica e do Partido Comunista Colombiano,
por grupos pertencentes ao paramilitarísmo na Colômbia de extrema direita.
Dedicou grande
parte de sua vida na defesa das famílias das vítimas de genocídio contra
a União Patriótica (UP) e do Partido Comunista Colombiano; Fazia parte de
um grupo dedicado a realizar o estudo jurídico do assassinato de Jorge Eliécer
Gaitán, que ocorreu em 9 de abril de 1948. Episódio narrado em mais de 20.000 folhas. Disse
Eduardo Umaña: "O mais grave no caso
Gaitán não é legal, mas político. Não é história, mas a memória histórica
do país”. “E eu que pensei que nenhum crime devia ficar impune”. "A
Colômbia é um país onde tudo passa e nada acontece", ele costumava
dizer aos seus amigos.
Frases de
Eduardo Umaña Mensonza:
"O problema não é falar dos benefícios
da paz. (...) Falar de paz sem uma verdadeira democracia e justiça social é uma
falácia. Como consequência lógica, qualquer abordagem que não assume o problema
real é nada além de uma grande mentira. É necessário, pelo menos, mencionar a
humanização da guerra, para que a paz de mentiras entra em colapso, para
superar essa situação cúmplice de sobrevivência e poder falar com dignidade, com
a voz e as mãos de todos, da humanização da vida".
“Os direitos dos povos, os direitos humanos são uma luta de
solidariedades que se encontram”.
"Meu pai me dedicou uma frase muitos anos atrás, quando eu era
muito jovem, quando me deu o Quixote, que mais ou menos dizia: "seja
sempre Quixote, nunca seja Sancho Pança", então não é uma espécie de misticismo, de valorização de princípios, de
sonhar sonhos e utopias, sabendo que nunca haverá realidades, deixando sementes
luta para as próximas gerações, sabendo que em cada momento que passa se acaba
a vida, e que a cada momento que você está vivendo, é um ganho contra a morte".
Texto elaborado por Tonny,
da Irmandade dos Mártires da Caminhada
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