Galeria dos Mártires - Pe. Antonio Llido Mengual
Pe. ANTONIO LLIDO MENGUAL
Desaparecido pela ditadura de Pinochet
CHILE * 25/10/1974
Antonio nasceu em 29 de abril de
1936 em Xavia, Valência. Depois de uma vida tempestuosa, pobre, mas feliz,
decidiu entrar para o seminário em Valência. Após ser ordenado, serviu por um
tempo como capelão das forças armadas espanhola.
Decidiu assim seguir em missão,
em julho de 1969 chegou ao Chile, na chuva de inverno, vivenciando assim na
própria pele como os pobres viviam.
Seu destino era Quillota, na
Diocese de Valparaíso, foi trabalhar com o Bispo Don Emilio Tagle. Rapidamente com uma
bicicleta caindo aos pedaços começa a conhecer o povo, tornou-se conhecido
entre os mais pobres, e causa irritação aos ricos.
Antonio estava vivendo uma vida
plena, cheia de sonhos e ideais, os acontecimentos pareciam fortalecer aquilo
que era proposto pelo Concílio Vaticano II.
Se junta ao grupo "80", um grupo de padres chilenos e estrangeiros posteriormente
incorporado no grupo "cristãos para o socialismo" que apoiaria a
candidatura de Salvador Allende, que queria alcançar objetivos
sociais da Unidade Popular. A pobreza no Chile era grande.
Seu caminho para a eternidade
começou com o conflito que teve com os setores mais tradicionais da Igreja de
Valparaiso, e em particular, com o seu bispo Emilio Tagle, que o suspendeu das
suas funções eclesiásticas como vigário da paróquia de Quillota.
Uma vez que a suspensão foi
apenas nessa paróquia, rezava missas em outras capelas, que eram mais escondido
e nas casas dos necessitados.
O grupo de Juventude formado pelo
Pe. Antonio, em seguida, se vincula ao MIR (Movimento de Esquerda
Revolucionária), foi assumindo a sua luta sem violência, mas com o compromisso social enraizada no que era conhecido como Teologia da Libertação.
O golpe militar de 11 setembro de
1973 foi sentido em Quillota, e Padre Antonio Llido era um daqueles que foram alvo
por parte dos militares, estava imerso na clandestinidade, queria ficar no
Chile, para defender os que não podia defender-se, os seus amigos,
companheiros. Outros padres tentaram convencê-lo de que teria asilo, mas não
conseguiu, seu destino estava traçado, estava a um passo para encontrar a sua
cruz.
Depois de passar algum tempo
escondido pela região de Valparaíso, foi detido no DINA localizado no José
Domingo Cañas com a República de Israel (Santiago). Celebrou a missa para os
outros prisioneiros. Foi cruelmente torturado e depois levado em péssimo estado para a prisão Quatro Alamos, localidade incomunicável de Três Alamos, que também estava no
comando da DINA.
Toda a sua vida foi dedicada ao
povo pobre. Companheiros de prisão, logo libertados são unânimes em afirmar que seu estado era grave: pancadas, descargas
elétricas, insultos, etc. Apesar de tudo conservou com grande fortaleza e
excelente estado de ânimo, sua característica solidária e seu compromisso com a
pessoa humana, sua preocupação com os outros, onde mesmo estando em tal situação,
repartia o resto de pão ou cascas de frutas com os outros prisioneiro.
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