Galeria dos Mártires - Ir. Barbara Ann Ford
Ir. BARBARA ANN FORD
Mártir da Verdade
GUATEMALA * 05/05/2001
Barbara Ann Ford, freira norte-americana, 64 anos, trabalhou em Quiché desde 1989, foi assassinada em 05 de maio de 2001 enquanto acontecia o julgamento pelo assassinato do Bispo Juan Gerardi, pastor da memória.
Ela tinha colaborado com Dom Gerardi no informativo “Nunca Mais” e ajudado as vítimas da guerra para declararem suas experiencias.
Analistas do governo da Guatemala não excluem que o assassinato da Irmã Barbara Ford foi causado para esconder interesses de setores influentes. "Irmã Barbara Ford, da Congregação das Irmãs da Caridade, tinha ido a Cidade da Guatemala para comprar um aquecedor de água para a aldeia Maya onde ela trabalhava, e, quando dirigindo seu veículo por um bairro nobre da cidade foi abordada por três homens estranhos que a fizeram parar na esquina de uma rua, onde roubaram seu carro, tipo de crime, acreditamos que poderia ser um crime político", considera o analista Fernando, Coordenador da Secretaria de Análise Estratégica, instituição de auxílio da Igreja Católica em Quiché.
Inicialmente, o Ministério do Interior descreveu seu assassinato como um outro caso de crime comum, referências policiais citando testemunhas oculares que aparentemente disse que a religiosa haviam sido atingida na cabeça por tiros ao tentar segurar seu veículo, impedindo os ladrões de levá-lo. O curioso é que o veículo foi abandonado mais tarde, a menos de dois quarteirões de onde ela foi morta. Outro fato curioso é que neste bairro nobre onde a Irmã Barbara foi abordaram, tem a sede das unidades militares mais importantes da Guatemala. Por exemplo, o edifício da Guarda de Honra e da antiga Escola Politécnica do Exército, que agora abriga o Ministério da Defesa, estão na vizinhança, e mesmo a residência do ministro, a Casa Crema. Por conseguinte, a área é forte e constantemente protegido por militares, o que nos faz perguntar por quê os ladrões elegeram justamente este local para praticar o crime?
Vários dias após o assassinato da freira, uma analista da Secretaria de Assuntos Estratégicos do Governo, a agência de inteligência do Estado, declarou publicamente que as circunstâncias da vítima e do tipo de crime sugerem que o assassinato poderia ter motivos políticos.
A anistia internacional acredita que as investigações devam prosseguir até que os responsáveis sejam julgados.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.
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