Galeria dos Mártires - Luis Alfonso Velásquez Flores

LUIZ ALFONSO VELÁSQUEZ FLORES
Mártir da Revolução
NICARÁGUA * 02/05/1979

Luis Alfonso Velásquez Flores, conhecido entre seus amigos revolucionário por “Grilo”, nascido em 31 de julho de 1969 em Manágua, em uma família humilde. Seus pais eram Daniel e Valentina Velasquez Flores. Seus irmãos eram Elias, David, Ricardo, Wilber e Socorro. Elias e David compartilharam da luta com Luis Alfonso, e sofreram na própria carne os abusos da ditadura de Somoza.

Suas palavras eram a expressão de sua firme convicção e a fidelidade aos princípios sandinistas. Sua figura pequena e delicada estava sempre nos principais dias de combate travado por seu povo para derrubar a ditadura de Somoza.

Em 1977, durante a campanha: "Natal Sem Presos Políticos". Participou de ocupação de igrejas e escolas, serviu de correio, recolheu alimentos e dinheiro para os companheiros que permaneciam em determinados centros, como protesto pelos crimes da ditadura somozista. Este seu engajamento chamou a atenção para se unir a juventude na luta revolucionária.

Luis Alfonso foi líder estudantil proeminente, por um longo tempo esteve vinculado ao Movimento Estudantil Secundário (MES), e participou da organização e fundação do Movimento Estudantil Primário (MEP), do qual foi um destacado líder.

Reservado, tenaz e disciplinado no lar, segundo seus pais, iniciou seu trabalho revolucionário distribuindo panfletos, integrou-se as manifestações e, especialmente, se dedicou a fazer propaganda para a necessidade de uma insurreição popular. Aos oito anos, devido à situação econômica de sua casa, ele deixa a escola, dedicando-se plenamente à libertação de seu povo, e por isso foi procurando pela Guarda Nacional que o perseguiu como se persegue a um combatente adulto.

Participou da insurreição de Monimbó durante 5 dias, e aprendeu a manejar um canhão de fabricação caseira. Encarregado da vigilância ele cobria a retirada de companheiros lançando bombas.

Por sua capacidade de organização e sua palavra de ordem, por seus discursos anti-somozista e anti-imperialista, por sua ação revolucionária é detectado pelo inimigo e perseguido. Em 27 de abril de 1979 estava reunido em um casa com outros revolucionários, ao sair da casa, um criminoso Somozista dispara um tiro atingindo a cabaça de Luis, e depois passou com o carro sobre o seu corpo, para dar ao crime a aparência de um acidente.

Dias depois, em 02 de maio, aos 10 anos de idade, Luis Alfonso morre, e com sua morte os ânimos de seus companheiros se acendem, e eles se levantam, elevando seus gritos de protesto por tão covarde e vil assassinato.

Nas páginas de seus cadernos se encontram o eloquente testemunho de sua conduta e seu pensamento revolucionário, como palavras de ordem com a qual agitou as massas:       

“Ter espírito cristão consciente, hoje em dia, é ter espírito revolucionário”.

“Bem-aventurado o ventre de uma mãe que deu à luz a um filho Sandinista”.

“Companheiros, é tempo de despertar, podemos ver crianças campesinas dormindo em tapetes de madeira e comer tortilhas com sal, e por isso lhes falo que lutemos para que tenhamos uma Pátria Livre”.

“Cada lugar um campo de batalha, cada brinquedo uma arma Sandinista”.

“Estamos como animais, em condições desumanas, nossos pais não têm condições de comprar livros ou cadernos, estudamos no chão, devemos erradicar este sistema”.

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.

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