Galeria dos Mártires - Enilson Ribeiro dos Santos e Valdiro Chagas de Moura
ENILSON RIBEIRO DOS SANTOS e VALDIRO CHAGAS DE MOURA
Mártires da Terra
JARU - RO * 23/01/2016
No dia 23 de janeiro de 2016, às 5 e 40 da tarde,
os camponeses Enilson Ribeiro dos Santos e Valdiro Chagas de Moura foram
perseguidos em Jaru por uma moto por um longo trecho dentro da cidade, do trevo
da avenida dom Pedro I ate o km 1,5 da linha 605, quando os pistoleiros os
executaram de forma covarde.
Os companheiros eram lideranças do acampamento Paulo Justino, enilson tinha 27 anos de idade e deixou uma filha e a esposa grávida de sete meses, Valdiro também deixou esposa e uma filha. O mandante do crime é um latifundiário.
Enilson vinha sofrendo ameaças indiretas já havia algum tempo, vejamos o histórico do latifundiário:
- 4 de novembro de 2015: camponeses do Acampamento Paulo Justino foram covardemente agredidos e despejados por 8 pistoleiros fortemente armados.
- Novembro de 2015: pistoleiros invadiram e roubaram casas no Assentamento Terra Prometida, abordaram pessoas que passavam nas estradas, ameaçaram quem não informasse onde os camponeses estavam acampados. Roubaram R$200 de um morador que vende picolé nas casas.
- Novembro de 2015: um morador do Assentamento Terra Prometida esteve na delegacia de Ariquemes para denunciar estes crimes e ouviu do delegado que a polícia estava atuando na área. Mas até agora, nenhum pistoleiro foi preso.
- 23 de novembro de 2015: dois pistoleiros atiraram contra dois acampados quando passavam de moto na estrada C 60, indo para o Acampamento.
- Novembro de 2015: pistoleiros agrediram brutalmente um funcionário de um fazendeiro vizinho da fazenda Santo Antônio, quando ele trabalhava na divisa. Ele foi socorrido de carro e transportado para Porto Velho, em estado grave.
Os camponeses suspeitam que os pistoleiros cometeram este crime porque pensaram tratar-se de um acampado.
- Novembro de 2015: camponeses denunciaram que este latifúndio, pretenso proprietário da fazenda Santo Antônio disse várias vezes, para diversas pessoas que não vai perder a fazenda porque tem 36 homens trabalhando para ele lá, e que buscaria mais se algo acontecesse com eles. Camponeses denunciam ainda que o latifundiário manda
recados aos líderes, que na verdade são ameaças: “eles são novos, é melhor desistirem.”
Esse crime clama por justiça e as mortes dos camponeses Enilson e Valdiro não podem ficar impunes.
Os camponeses só podem contar com suas próprias forças, pois dentro da polícia militar existe suspeitos de comandarem um grupo de extermínio de camponeses fornecendo armas e munições e todo tipo de suporte pros bandos de pistoleiros dos latifundiários da região do Vale do Jamari, e ao mesmo tempo que persegue os camponeses que trazem uma galinha pra vender na cidade, persegue o camponês que tem uma espingarda de caça em casa persegue o camponês que não deu conta de pagar imposto de uma
moto velha e faz vista grossa pros bandos armados do latifúndio os mesmos latifundiários que grilam terras dos camponeses.
COMPANHEIRO ENILSON, PRESENTE NA LUTA!
CONPANHEIRO VALDIRO, PRESENTE NA LUTA!
LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental
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