Desaparecidos e mortos na ditadura militar (1964-1985) em Pernambuco
Nasceu no dia 8 de maio de 1930, no município de Timbaúba dos Mocos (PE), na Mata Norte. Mariano Joaquim da Silva era filho de Antônio Joaquim da Silva e Maria Joana Conceição e foi casado desde 1952 com Paulina Borges da Silva, com quem teve sete filhos. Ele foi dado como desaparecido no dia 31 de maio de 1971 no Rio de Janeiro. De acordo com o Inquérito Policial Militar (IPM), Mariano Joaquim pertencia a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), além de ter militado em partidos como o PCB e o PCdoB. A primeira prisão de Mariano aconteceu em 1952, em Timbaúba, no qual ele foi acusado de cometer "atividades subversivas". Logo após o episódio Mariano se muda com a família para o Recife, onde volta a trabalhar como sapateiro e ganha destaque no Sindicato dos Sapateiros do Recife, chegando ao cargo de delegado. Sua segunda prisão aconteceu em 5 de maio de 1956 no Recife sobre a mesma acusação. Em 1959, ele foi novamente preso junto com a sua esposa passando três dias na prisão. Em 1961, ele se desliga das atividades do sindicato e é eleito como secretário do Sindicato Rural de Timbaúba. Pouco depois, é indicado como Secretário Nacional das Ligas Camponesas. Após o Golpe Militar, em 1964, Mariano sofreu uma intensa perseguição. Em 1967, ele ingressou na VAR-Palmares e atua como diretor do movimento. Vivendo cladestinamente no Recife, no dia 1º de maio de 1971, o DOI-CODI-SP (segundo o livro Brasil: Nunca Mais), prendeu Mariano na rodoviária da capital pernambucana. Ele foi torturado e enviado para a chamada Casa da Morte, nome dado ao centro clandestino de torturas do Centro de Informações do Exército (CIE) no Rio de Janeiro. De acordo com relatos da ex-detenta Inês Etienne Romeu, Mariano foi torturado durante semanas. Inês também revelou que um dos torturadores, o Dr. Teixeira, afirmou que Mariano havia sido torturado até a morte no dia 31 de maio de 1971. Até hoje não foi achado o corpo do militante pernambucano natural da cidade de Timbaúba.
Nasceu no dia 12 de julho de 1943 e era filho de Pedro Francisco dos Santos e
Helena Pereira dos Santos. Miguel Pereira dos Santos era militante do Partido
Comunista do Brasil (PCdoB) e participou da Destacamento C da Guerrilha do
Araguaia. Morador de São Paulo desde 1964, ele estudou na Escola de Aplicação
da Universidade de São Paulo (USP) e trabalhou no Banco Intercontinental do
Brasil. Após o Golpe Militar, Miguel Pereira começou a viver clandestinamente
em razão da perseguição política. Em 1966, viajou para a China onde realizou
diversos cursos de guerrilha e voltou no mesmo ano para o Brasil para treinar
os brasileiros, utilizando o codinome Cazuza. Em 1968, a polícia política
interrogou a mãe de Miguel, Helena Pereira, e mostrou documentos da CIA
provando que o filho dela esteve diversas vezes na China tendo esses cursos. O
relatório do Ministério do Exército, encaminhado ao ministro da Justiça em
1993, afirma que Miguel "[…] participou ativamente da Guerrilha do
Araguaia, onde teria desaparecido em 1972 durante a 'Operação Papagaio'".
Segundo o depoimento de Regilena Carvalho Leão Aquino, Miguel morreu em
confronto direto dentro da mata. Após ser baleado, o pernambucano teve a mão
direita decepada para dificultar a sua identificação. O seu corpo até hoje não
foi encontrado.
Amaro Félix Pereira
Natural de Rio Formoso, na Zona da Mata Sul, Amaro Félix Pereira nasceu no dia
10 de maio de 1929 e era filho de Félix Pereira da Silva e Caetana Maria da
Conceição. Ele era casado desde 1951 com Maria Júlia Pereira e teve com ela dez
filhos: Elias Félix, Ananias Félix, David Félix, Noemia Félix, Daniel Félix,
Eliude Félix, Elenilda Maria, Maria José, Eliam Maria e Oziel Félix. Conhecido
como Procópio, Amaro era militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR).
Desde 1963, Amaro participava no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Barreiros. Ele trabalhava há 29 anos na Usina Central de Barreiros e tinha
outros trabalhos nos Engenhos Soledade e Tibiri na mesma cidade. Ele se
candidatou a presidente do sindicato em 1966, mas não concorreu com a desculpa
que já havia passado o tempo. Pedindo esclarecimento, ele terminou sendo preso
pela acusação de "agitador". Ao ser libertado, Amaro foi demitido e a
sua família expulsa da sua casa pelo dono do engenho.
Em 1967, com a ajuda do ex-deputado estadual Miguel Mendonça, Amaro se
candidatou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para ser vereador em
Barreiros, mas não foi eleito. No dia 24 de novembro de 1969, Amaro foi preso
pelo delegado Nelson Machado e conduzido para a Casa de Detenção do Recife, com
a acusação de exercer "atividades subversivas". Segundo o documento
do Dops-PE, Amaro ganhou a liberdade um ano depois da sua detenção. Logo após
de ser libertado, não houve mais notícias sobre o seu paradeiro.
Até hoje os filhos de Amaro Félix pedem indenização para o governo federal. O
requerimento dos seus familiares foi apresentado à Comissão de Anistia no
Ministério da Justiça em 2 de janeiro de 2003 pelos advogados Flavia Coutinho
Wanderley de Almeida e Lenísia Leite Sobeslavsky, ambos com escritório no
Recife.
Natural de Bom Jardim, no Agreste, Edgar Aquino Duarte era filho de José
Geraldo Duarte e Francisca Maria Duarte. Ao acabar o ensino médio, ingressou na
Marinha, onde participou no posto de Cabo na manifestação dos marinheiros em
1964. Logo após o episódio, foi exilado no México, de onde partiu para Cuba
para receber o treinamento de guerrilha. Retornou ao Brasil em outubro de 1968,
onde viveu clandestinamente em São Paulo e abriu uma imobiliária com um sócio.
Edgar Aquino foi preso através do contato do agente duplo cabo Anselmo, que
voltava de Cuba e realizou contato com ele pedindo um local para ficar. O
pretexto serviu para Anselmo ver as condições de Edgar e repassar para o
DOI-CODI/SP.
No dia 13 de junho de 1971, os policiais políticos invadiram o apartamento de
Edgar e o encontraram junto com o cabo Anselmo. Uma ficha da Coordenação de
Execução do DOI-CODI/SP afirma que Edgar foi preso para averiguações. De acordo
com o próprio cabo Anselmo, no livro Por que eu traí: Confissões do Cabo
Anselmo, havia suspeitas que Edgar Aquino tinha descoberto a sua dupla
identidade e poderia entrar em contato com outros ativistas políticos.
Após dois anos de tortura, a última vez em que Edgar foi visto com vida foi em
junho de 1973 na cela 4 do Dops- SP no dia 2 de junho de 1973.
Foi vítima do caso conhecido como "Execuções de militantes do PCBR na
praça Sentinela, em Jacarepaguá". Ramirez Maranhão do Valle nasceu no dia
21 de novembro de 1950, no Recife, filho de Francisco Clóvis Marques do Valle e
Agrícola Maranhão do Valle, era militante do Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário (PCBR).
Em 1968, ele participou da resistência ao cerco e ameaça de invasão pela
Polícia Militar ao Campus a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). No
enterro do Padre Henrique, em maio de 1969, discursou juntamente com outros
militantes em homenagem ao seminarista que tinha sido assassinado pela polícia
política. Em 1971, atuou em ações contra a ditadura em Fortaleza (CE) e no Rio
de Janeiro (RJ).
Apesar de nos laudos do Dops-RJ constar o nome de Ramires como um dos corpos
carbonizados na "Execução de militantes do PCBR na praça Sentinela, em
Jacarepaguá", a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecido Políticos
(CEMDP) o classificou como desaparecido político desde o dia 27 de outubro de
1973.
Nasceu no dia 5 de dezembro de 1948 no Recife. Era filho de Eduardo Collier e
Risoleta Meira Collier. Era membro da Ação Popular Marxista-Leninista (APML).
Eduardo estudou na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, de
onde foi expulso em 1969 pelo decreto 477.
Ele foi preso em outubro de 1968 pelo Dops-SP por ter participado do XXX
Congresso da UNE em Ibiúna, São Paulo. Transferido para Salvador (BA), foi um
dos últimos a ser libertado. Sob a acusação de pertencer à APML, Eduardo foi
novamente preso, julgado e condenado a dois anos e meio de prisão no dia 11 de
setembro de 1972 pela 1ª Auditoria da Aeronáutica da II Região Militar.
Segundo a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), o
seu desaparecimento aconteceu no dia 23 de fevereiro de 1974, quando Eduardo
estava no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, com outro pernambucano membro da
APML, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira.
Diante dos desaparecimentos, as famílias das vítimas tentaram conseguir habeas
corpus com o Superior Tribunal Militar (STM). Seis meses depois, o então
ministro da Justiça, general Golbery, afirmou que os dois jovens e os outros 20
desaparecidos estavam em situações clandestinas no país. Tal afirmação fez com
que a mãe de Eduardo escrevesse uma carta de repúdio ao ministro, pedindo
esclarecimentos sobre o paradeiro do filho.
No livro Memórias de uma Guerra Suja (Editora Topbooks), dos jornalistas
Marcelo Netto e Rogério Medeiros, que reúne um conjunto de depoimentos do
ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra, há a informação
de que Eduardo Collier foi morto pelos militares. Em seguida, o corpo foi
incinerado na usina de açúcar Cambahyba, localizada no município de Campos
(RJ), de propriedade do então governador o Rio de Janeiro Heli Ribeiro.
Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira
Membro da Ação Popular Marxista-Leninista (APML), desapareceu junto com Eduardo
Coullier Filho, no dia 23 de fevereiro de 1974. Natural do Recife, Fernando era
filho de Lincoln de Santa Cruz Oliveira e Elzita Santos de Santa Cruz Oliveira.
Ele participou dos movimentos estudantis em Pernambuco entre 1966 e 1968.
Sua primeira prisão aconteceu em 1966 durante uma manifestação de rua contra os
acordos do Ministério da Educação (MEC) e da Agência Americana de
Desenvolvimento Internacional (USAID). Por ser menor na época, Fernando ficou
preso por uma semana no Juizado de Menores.
Após o seu desaparecimento, em 1974, seus pais se reuniram com os do seu amigo
Eduardo Collier para pedir esclarecimentos ao Superior Tribunal Militar (STM),
que não os respondeu.
No livro Memórias de uma Guerra Suja (Editora Topbooks), dos jornalistas
Marcelo Netto e Rogério Medeiros, que reúne um conjunto de depoimentos do
ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra, há a informação
de que Fernando Santa Cruz foi morto pelos militares. Em seguida, o corpo foi
incinerado na usina de açúcar Cambahyba, localizada no município de Campos
(RJ), de propriedade do então governador o Rio de Janeiro Heli Ribeiro.
João Massena Melo
Filho de Sebastião Massena Melo e Olímpia Melo Marciel, João Massena Melo
nasceu no dia 16 de agosto de 1919, no município de Água Preta (que na época
era distrito de Palmares), na Mata Sul. João Massena começou a se interessar
por política em 1933, quando trabalhava na Fábrica de Tecidos Nova América, na
baixada do Rio de Janeiro.
Ele foi preso durante o Estado Novo de Getúlio Vargas e ficou no presídio de
Fernando de Noronha, onde conviveu com outros ativistas como Agildo Barata e
Carlos Marighella. Depois de cumprir a pena em Noronha, Massena voltou à
política se elegendo vereador de Palmares em 1947. Seu mandato foi extinto ao
se constatar que ele pertencia ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). No mesmo
ano, ele se casou com Ecila Francisca Massena com quem teve três filhos.
Em 1962, Massena voltou ao Rio de Janeiro e se elegeu como deputado estadual
pelo Partido Social Trabalhista (PST). Após o Golpe de 1964, ele teve novamente
o seu mandato cassado e os seus direitos políticos suspensos pelo artigo 10 do
AI-1.
No dia 1º de julho de 1970, agentes da 2ª Auditoria da Marinha o prenderam sob
a acusação de estar reorganizando o PCB. Ele foi muito torturado, sua família
também foi presa, a sua casa foi saqueada pelos militares. Ele foi condenado
após dois anos e meio de reclusão em fevereiro de 1973. Conhecido como um dos
"Cadernetas de Prestes", Massena desapareceu no dia 3 de abril de
1974.
A sua família tentou acionar o Superior Tribunal Militar (STM), mas o seu
paradeiro se deu como desconhecido em qualquer órgão de repressão política da
época.
Antônio Ferreira Pinto (Antônio Alfaiate)
Natural da cidade de Lagoa dos Gatos, no Agreste, Antônio Ferreira Pinto, mais
conhecido como Antônio Alfaiate, era filho de Manoel Ferreira Pinto e
Leopoldina Maria de Jesus. Nasceu no dia 16 de julho de 1932, foi integrante do
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e participou do Destacamento A da Guerrilha
do Araguaia.
O seu envolvimento político começou a partir da participação de movimentos
populares e do Sindicato dos Alfaiates do estado da Guanabara, hoje Rio de
Janeiro. Após o Golpe, em 1970, ele se mudou para a localidade de Metade, no
Pará, próxima ao Rio Araguaia.
De acordo com o Relatório Arroyo expedido pelo 1º Exército, o seu
desaparecimento aconteceu no dia 21 de abril de 1974. Antônio Alfaiate foi
acusado pelos militares de ser um dos integrantes da guerrilha do Araguaia.
Era presidente das Ligas Camponesas de Vitória de Santo Antão. Faleceu em abril
de 1964. Seu corpo foi encontrado nas matas do Engenho São José (PE), em estado
de putrefação.
Adauto Freire da Cruz
Nasceu em 1924, no município de Bananeiras (PB), mas construiu a vida política
em Pernambuco. Filho de Olívia Freire da Cruz e Manoel Freire da Rocha, era
casado com Terezinha Rodrigues de Araújo Freire, de quem teve quatro filhos. Há
informações da existência de mais duas companheiras, Josefa Maria da Conceição
e Deuzuite da Costa Silva.
Também conhecido como Celestino Alves da Silva, foi presidente do Sindicato
Rural de Goiana (PE) e atuante nas Ligas Camponesas. Faleceu em 13 de maio de
1979, no Rio de Janeiro. Foi espancado, dentro de um ônibus, por policiais,
violência que ocasionou uma fratura na perna e um enfarto que o levou a óbito.
Almir Custódio de Lima
Nasceu em 24 de maio de 1950, no Recife. Filho de Maria de Lourdes Custódio de
Lima e João Custódio de Lima. Foi operário metalúrgico e estudante secundarista
da Escola Técnica Federal de Pernambuco.
Era integrantes do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e também
conhecido como Cego. Faleceu em 27 de outubro de 1973, na Praça da Sentinela em
Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado carbonizado dentro de
um fusca vermelho (placa AA 6960).
Amaro Luiz de Carvalho
Nasceu em 1931, município de Joaquim Nabuco. Filho de Maria Soares de Carvalho
e José Luiz de Carvalho. Foi operário têxtil e líder camponês do Sindicato
Rural de Barreiros, na Mata Sul. Conhecido como Capivara e Palmeira, ele
pertenceu ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), ao Partido Comunista do Brasil
(PCdoB) e ao Partido Comunista Revolucionário (PCR).
Faleceu em 22 de agosto de 1971, na Casa de Detenção no Recife. Seu corpo
apresentava hemorragia pulmonar decorrente de traumatismo do tórax, por
instrumento contundente.
Antonio Henrique Pereira Neto (Padre Henrique)
Nasceu em 28 de outubro de 1940, no Recife. Filho de Isaíras Pereira da Silva e
José Henrique Pereira da Silva. Foi sociólogo, professor, sacerdote católico e
coordenador da Pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife.
Faleceu em 27 de maio de 1969, seu corpo foi encontrado na Cidade
Universitária, com sinais de tortura: espancamento, queimadura de cigarro,
cortes profundos por todo corpo e dois ferimentos por arma de fogo.
Nasceu em 21 de setembro de 1938, em Serrita, no Sertão do estado. Filho de
Otavina Bem Cardoso e Antônio Figueira Cardoso. Casado com Lulene.
Pertenceu à Ação Libertadora Nacional (ALN). Faleceu em 1º de junho de 1970, no
município de Jati, no Cariri cearense. Morto com tiro no peito, alvejado por
policiais.
Eudaldo Gomes da Silva
Nasceu em 1º de outubro de 1947 em Bom Conselho. Filho de Isaura Gomes da Silva
e João Gomes da Silva. Casado com Pauline Philipe Reichstul. Foi estudante de
Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA); membro do Diretório Central
dos Estudantes e presidente do Diretório Acadêmico da UFBA.
Conhecido como Silvinho, José e Zacarias, pertenceu à Vanguarda Popular
Revolucionária (VPR).
Faleceu ou no dia 7 ou no dia 9de janeiro de 1973 no município de Abreu e Lima,
na Região Metropolitana do Recife com um tiro na cabeça. Sua morte está
vinculada ao episódio conhecido como o Massacre da Chácara São Bento e
relacionada aos serviços prestados pelo Cabo Anselmo ao delegado do DOI-CODI SP
Sérgio Fleury.
Nasceu em 11 de fevereiro de 1946 no estado. Filha de Joaquim Lopes da Cunha
Verbena. Casada com Luís Andrade de Sá e Benevides. Era professora. Integrou o
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)
Faleceu em 8 de março de 1972, em Caruaru, no Agreste. Foi morta em
consequência de um acidente automobilístico junto com seu esposo Luís Andrade
de Sá e Benevides, ambos militantes políticos contra o regime militar. Ainda
não foram, completamente, esclarecidas as circunstâncias dessas mortes na
rodovia nacional, entre São Caetano e Cachoeirinha, no estado.
Nasceu 21 de outubro de 1945, no município de Atalaia (AL). Filho de Anália
Carvalho de Souza e Osano Francisco de Souza. Casado com Maria Ivone de Souza
Loureiro (também conhecida como Virgínia ou Gina). Era estudante de Agronomia
da Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE).
Apesar de ser alagoano, sua militância política foi no estado. Pertenceu ao
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
Faleceu em 8 de fevereiro de 1971. Morreu em consequência das torturas sofridas
no DOPS-Recife, após ter sido preso, pelos policiais, Edmundo de Brito, Fausto
Venâncio da Silva Filho, Ivaldo Nicodemus Vieira e Severino Pereira da Silva.
Odijas, também conhecido como Hilton Alencar de Araújo, Neguinho, Baiano, Ciro
e Carlos, foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro com o nome de Osias
Carvalho de Souza.
Ranúsia Alves Rodrigues
Na clandestinidade, adotou os nomes de Florinda, Nuce e Olívia.
Nasceu no município de Garanhuns, no Agreste. Filha de Áurea Alves Siqueira e
Moisés Rodrigues Vilela. Teve uma filha com o nome de Vanúsia. Era estudante de
Enfermagem, foi presa no Congresso Estudantil de Ibiúna, em São Paulo e expulsa
da Faculdade pelo decreto 477/69.
Era integrante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
Faleceu em 28 de outubro de 1973, no Rio de Janeiro. Foi morta, com vários
tiros no rosto, juntamente com Almir Custódio de Lima, Ramirez Maranhão do
Valle e Vitorino Alves Moitinho. Foi a única do grupo a não ser carbonizada na
Praça Sentinela em Jacarepaguá (RJ). Na sua certidão de óbito, consta como
desconhecida, tendo como declarante José Severino Teixeira. Foi enterrada como
indigente no cemitério de Ricardo Albuquerque no Rio de Janeiro em 31 de
dezembro de 1973.
Nasceu em 1930, em Caruaru, no Agreste. Filho de Maria Belarmina da Conceição e
Ulisses Viana Colon. Foi militante do Comando de Libertação Nacional
(COLINA).
Faleceu em 24 de maio de 1969, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Sua
necropsia, assinada pelo Dr. Rubens Pedro Macuco Janini, confirmou a versão da
repressão, suicídio por enforcamento. Em declarações prestadas em auditorias
militares, à época, Antônio Pereira Matos, Ângelo Pezzuti da Silva e Afonso
Celso Lana Leite denunciaram que Severino Colon teria sido submetido a torturas
na Vila Militar.
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