Galeria dos Mártires - Irmã Dorothy Stang
Dorothy Stang, mártir da terra e da luta ecológica |
Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy foi uma
freira norte-americana naturalizada brasileira.
Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur. Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de
Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde
a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua
atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com
projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais
da Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos
fundiários na região. Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará.
A sua participação em projetos de desenvolvimento
sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município
de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando
reconhecimento nacional e internacional.
A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e
acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores
do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma
reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de
diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções
duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na
Região Amazônica.
Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais
empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de
professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a
Escola Brasil Grande.
Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar
intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: "Não vou fugir e
nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da
floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam
viver e produzir com dignidade sem devastar".
A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73
anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos
da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede
do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasil.
Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe
ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou
"eis a minha arma!" e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns
trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida lhe balearia.
O corpo da missionária está enterrado em Anapu, Pará,
Brasil, onde recebeu e recebe as homenagens de tantos que nela reconhecem as
virtudes heróicas da matrona cristã.
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Com um abraço de comunhão mando esta pequena mensagem em memória pascal de nossa Dorothy.
Pedro Casaldáliga
Dorothy conseguiu ensamblar contrastes com sua vida de religiosa integral. Mística e profeta, firme e tenra, estadunidense sem complexos e inculturada sem fronteiras. Toda ela era evangelho em missão, com aquele sorriso transbordante da luminosidade do Reino no meio da luta, além de toda incompreensão e de todo desanimo. Mártir das causas verdadeiramente do povo, no lugar certo e na hora certa.
Assumamos a herança de nossa santa Dorothy, na caminhada do dia a dia, com realismo militante e com a esperança pascal.
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Assista o filme: Mataram a Irmã Dorothy.
They Killed Sister Dorothy (Mataram Irmã Dorothy) from LA REVOLUCION ES AHORA! on Vimeo.
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